sábado, 16 de junho de 2018

Boicotado, Irã compra uniforme para jogar Copa do Mundo


Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2018/06/boicotado-ira-compra-uniforme-para-jogar-copa-do-mundo.shtml


Embargo americano fez a Federação Iraniana recorrer a outro fornecedor



16.jun.2018 às 20h10



Fábio Aleixo

MOSCOU


Para disputar a sua quinta Copa do Mundo, o Irã precisou comprar uniformes para jogar. Todas as peças que compõem a vestimenta da equipe asiática são adquiridas da fabricante Adidas.



A informação foi confirmada à Folha pela Federação Iraniana de Futebol, que evitou dar mais detalhes sobre o caso. No site oficial da entidade, não existe nenhuma exibição do logotipo da Adidas.



Para vestir a seleção brasileira, por exemplo, a Nike pagou em 2017 R$ 116 milhões.



Os iranianos, porém, não reclamam da cobrança da Adidas. A empresa alemã tem ajudado a equipe nacional a driblar um problema causado pelas sanções econômicas dos Estados Unidos.



Forneceu chuteiras aos atletas da equipe após a Nike se recusar a fazê-lo devido ao embargo americano.



A recusa da Nike irritou o técnico Carlos Queiroz e diversos atletas da seleção.



“O que a Nike fez conosco foi muito errado”, disse o atacante Karim Ansarifard. “Eu não quero comentar muito esse assunto, mas, como jogador de futebol, nós não comparamos problemas políticos e diplomáticos com o esporte".



“É algo totalmente injusto contra 23 garotos que só querem jogar futebol. Eles merecem ser tratados como qualquer outro jogador no mundo”, disse Queiroz.



Em nota, a empresa afirmou que “as sanções dos Estados Unidos fazem com que a Nike, como uma empresa americana, não possa fornecer chuteiras para os jogadores do Irã”.



Em maio, o presidente americano, Donald Trump, anunciou a retirada do país do acordo nuclear com Teerã. Com isso, derrubou o alívio das sanções econômicas ao país asiático, que valia desde 2015.



Com o Irã no portfólio, a Adidas é a empresa que mais tem representantes na Copa do Mundo. São 12 seleções —incluindo o Irã—, superando a Nike, que veste dez seleções.



O ranking ainda tem Puma (4), New Balance (2), Uhlsport (1), Hummel (1), Umbro (1) e Errea (1).



A Adidas também é patrocinadora oficial da Fifa há 20 anos. Antes disso, já produzia a bola do Mundial desde 1970, no México.



A última renovação de contrato entre Fifa e Adidas foi em 2014 e é válida até 2030. Os valores são mantidos em sigilo, mas por ser uma parceira de grau máximo a estimativa é que desembolse cerca de US$ 44 milhões (R$ 164 milhões) por ano.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Macedônia passará a se chamar Macedônia do Norte


Intenção da mudança é eliminar qualquer possível com relação com a região homônima no norte da Grécia e seus habitantes


Por EFE access_time 15 jun 2018, 18h51 - Publicado em 12 jun 2018, 15h42 more_horiz

Ver em: https://exame.abril.com.br/mundo/macedonia-passara-a-se-chamar-do-macedonia-do-norte/

quarta-feira, 6 de junho de 2018

A Petrobras corre real perigo

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2018/06/a-petrobras-corre-real-perigo.shtml

Desde a crise dos caminhoneiros nada aconteceu de bom com a empresa

6.jun.2018 às 2h00

A Petrobras arruinou-se no mandarinato petista por diversos motivos. Deles, o mais pueril foi a retórica da arrogância. Infelizmente, dela e do governo têm partido declarações destinadas a iludir a boa-fé do público fingindo desconhecer a barafunda criada pela política de preços dos combustíveis. Podiam ficar só nisso.

A retórica da arrogância foi exercitada à exaustão pelos petrocomissários. Basta que se recapitule um caso. Em 2012, um funcionário da companhia holandesa SBM denunciou suas maracutaias internacionais. Elas foram confirmadas por uma investigação interna que resultou numa indenização milionária ao governo holandês.

Sabia-se, pela denúncia, que a SBM teria distribuído pelo menos US$ 139 milhões a intermediários e hierarcas da estatal brasileira para azeitar contratos de aluguel de plataformas.

Dois anos depois, uma equipe da Petrobras foi à Holanda verificar o caso e anunciou-se que nada acontecera de anormal. Engano, pois a SBM começaria a negociar um acordo de leniência com a Controladoria Geral da União. Até hoje ele não foi concluído.

Entre 2012 e 2015 foram para a cadeia o ex-diretor Renato Duque e o ex-gerente Pedro Barusco, ambos mimados pela SBM. O representante da empresa no Brasil, Julio Faerman, passou a colaborar com a Justiça e repatriou US$ 54 milhões.

Varrida pela Lava Jato, a doutora Dilma colocou na Petrobras Aldemir Bendine, que estava no Banco do Brasil. Ele levou consigo para uma diretoria Ivan Monteiro. Num dos lances grotescos do período, Bendine chegou a anunciar que a Petrobras "talvez" voltasse a contratar serviços e equipamentos da SBM, "uma importante fornecedora". Como, não explicou.

A retórica da arrogância era um pastel de vento. Não havia como esconder a roubalheira denunciada em 2012, e em 2015 não era possível contratar a SBM para coisa alguma.

Na segunda-feira, o repórter Rubens Valente revelou que em 2016 o diretor Ivan Monteiro foi investigado pela Comissão de Valores Imobiliários.

Tratava-se de um caso de omissão de comunicado de fato relevante ao mercado. Monteiro propôs pagar R$ 200 mil à CVM, e em setembro passado fechou-se o caso. O ervanário não saiu do seu bolso, mas da seguradora que ampara a diretoria da empresa. (O ex-diretor financeiro da Petrobras durante o mandarinato petista fez pelo menos quatro acordos desse tipo, somando R$ 1,75 milhão.)

Exposto o caso de Monteiro com a CVM, a Petrobras tocou o velho realejo: "não houve qualquer condenação da CVM ou reconhecimento de culpa de parte do senhor Ivan Monteiro, tendo a autarquia concordado com celebração de termo de compromisso, procedimento utilizado e previsto em nome, aplicável ao caso".

Noves fora o mau português, ninguém havia dito que Monteiro foi condenado, nem que reconheceu culpa. Apenas deixou de fazer o que devia. Tanto foi assim que propôs pagar R$ 200 mil à CVM, com dinheiro da seguradora. Ninguém dá R$ 200 mil à Viúva a troco de nada.

O escritor mexicano Octavio Paz ensinou, faz tempo: "Quando uma sociedade se corrompe, a primeira coisa que se decompõe é a linguagem."
*
Nas próximas quatro quartas-feiras, o signatário exercitará o ócio.

Elio Gaspari
Jornalista, autor de 5 volumes sobre a história do regime militar, entre eles 'A Ditadura Encurralada'

Candidatura seria pela honra de Deus, diz mãe PM que matou ladrão

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/06/candidatura-seria-pela-honra-de-deus-diz-mae-pm-que-matou-ladrao.shtml

Admiradora de Bolsonaro e Tiririca, cabo Katia Sastre tem convites de PR e PSL para tentar a Câmara

6.jun.2018 às 2h00

Anna Virginia Balloussier
SÃO PAULO
—A pastora da Assembleia de Deus que frequenta já lhe havia dado a letra: “Você vai ficar conhecida”. Katia Sastre, 42, só não imaginava que seria por apertar o gatilho.

A cabo da Polícia Militar conta ter orado pela família de Elivelton Neves Moreira, 21. Matou-o após ele sacar seu revólver calibre 38 e anunciar um roubo na porta da escola da filha de 7 anos de Katia, no domingo de Dia das Mães, em Suzano (Grande São Paulo).

Lá pela uma da manhã, Katia alguém da equipe do governador Márcio França (PSB) telefonou: ele queria homenageá-la na segunda-feira.

Do pré-candidato à reeleição ganhou flores. Já o episódio todo lhe rendeu aplausos, daqueles que exaltaram a reação ligeira da PM de folga, e críticas, de quem viu ali uma ode à letalidade policial.  

Passadas três semanas, a PM recebeu a Folha no batalhão onde trabalha na área administrativa, na zona leste paulistana. Um oficial passa e se desculpa: na correria, não deu tempo de lhe dar parabéns, mas ficou feliz em saber que ela pode “representar as mulheres” na Câmara dos Deputados. A visão feminina “é mais ampla” e “isso é top”, diz a uma das 19 mulheres num batalhão com 300 homens.

Após o episódio que lhe trouxe fama, por lá pululam menções a uma eventual a carreira política da cabo Katia.

“[Deputada] federal, né?”, pergunta um. Ela acena. Também explica que a legislação eleitoral não exige que o militar da ativa de olho num cargo eletivo siga o prazo dado aos demais candidatos para se filiar a um partido, 7 de abril.

O militar pode registrar a candidatura após ter seu nome escolhido numa convenção partidária as de 2018 vão de 20 de julho a 5 de agosto.

A filha de um PM mineiro e uma professora paulista diz que ainda não decidiu qual sigla chamar de sua. Ainda avalia se Brasília é ou não para ela. Esteve com Valdemar Costa Neto, líder do PR, na semana passada. A legenda dá como certo lançá-la à Câmara.

Também foi convidada a entrar no PSL de Jair Bolsonaro,  “uma ótima pessoa” a quem diz admirar. Juntos gravaram um vídeo no Congresso. “O que sonhamos aqui, Katia, é fazer com que o policial —não apenas o policial, um cidadão de bem também—, ao agir em situação semelhante à sua, tenha garantia de que foi legítima defesa, não tenha punição”, diz o presidenciável.

Ela ri quando Bolsonaro repete uma de suas frases de efeito: uma “pistola na bolsa protege muito mais a mulher do que a Lei do Feminicídio”.

Outras inspirações políticas citadas pela PM são do PR: os deputados Tiririca, que lhe parece um cara honesto, e Capitão Augusto, PM como ela.

Se não crava para onde vai, Katia sabe com que vai: Deus. “Se eu realmente me candidatar, Ele tem a ver com isso.” E reforça: “Não esqueça de colocar que tudo isso é a mão de Deus, é pela honra de Deus”.

Katia sorri ao saber que a Câmara tem um culto semanal para parlamentares, às quartas, em um de seus plenários. Seu comandante conta que, na terça seguinte à tentativa de assalto, oficiais do batalhão oraram um Pai Nosso.

Continuam frescas as lembranças de Katia sobre o 12 de maio —Dia das Mães e também da PM Feminina. De manhã, ganhou das filhas de 7 e 2 anos presentes que ela mesma escolheu: “Um sapato meio social, de oncinha, uma camisa preta com pedras na manga e uma bolsa Victor Hugo”.

A mãe tomou café, e a primogênita, Nescau. Ensaiaram no carro uma canção que seria apresentada no colégio logo mais, “Promete”, da Ana Vilela. Diz a letra: “Promete aproveitar cada segundo desse tempo que já passa tão veloz”.

Veloz passou também o tempo que  teve para reagir ao rapaz que empunhou a arma e disparou. “Na hora que vi,  pensei: ‘Bom, se não tomar uma atitude, vou morrer na frente da minha filha’. E outras crianças podiam morrer.”

Dentro da bolsa nova, Katia levava a arma que tem permissão para portar. “Se ele revistasse e achasse, ia me matar com certeza, eu não teria uma segunda chance”, ela afirma.

A homenagem de França à cabo foi reprovada inclusive na cúpula da PM, que viu nela um incentivo às pessoas reagirem a assaltos —o contrário do que a instituição recomenda. Especialistas em segurança pública, em geral, concordaram que Katia agiu corretamente, dado o contexto.

“Eu que pedi socorro [para o ladrão]. A intenção era paralisar, não executar”, diz a PM.
Críticas à sua conduta não a abalam, diz. “Tive que tomar uma ação em dois segundos. Já as pessoas vão ter uma vida inteira para assistir ao vídeo infinitas vezes e dizer o que eu deveria ter feito.”

Também formada em arquitetura, engenharia de segurança e decoração de interiores, fora o papel de “mãe protetora louca”, ela é PM há duas décadas. Participou de operações nas ruas de 1997 a 2004.
Ela prefere não revelar se já usou a arma antes, em serviço ou fora dele. “Se quiser, fala que eu participei de ocorrências de inúmeras naturezas.” 

De uma tem orgulho de falar: o parto que ajudou a realizar numa viatura, conta enquanto a TV do batalhão exibe uma reportagem sobre a socialite Kim Kardashian ter ganhado “27 kg na gravidez”

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Projeto tenta devolver vida ao Mar de Aral, destruído por planos soviéticos de irrigação




Desvio de água para plantações de algodão transformou uma região próspera em uma área desolada e com altos índices de morte e doenças. Agora, um grande e lento plano de reflorestamento tenta reverter isso.

 BBC

Por BBC



04/06/2018 16h05  Atualizado 04/06/2018 16h05

Ver: https://g1.globo.com/natureza/noticia/projeto-tenta-devolver-vida-ao-mar-de-aral-destruido-por-planos-sovieticos-de-irrigacao.ghtml

sábado, 2 de junho de 2018

Raúl Castro comandará comissão para reformar Constituição de Cuba




Ideia é adaptar o texto, criado em 1976, às recentes mudanças econômicas e sociais no país.

 Agencia EFE

Por Agencia EFE



02/06/2018 14h07  Atualizado 02/06/2018 14h09

Ver: https://g1.globo.com/mundo/noticia/raul-castro-vai-comandar-comissao-para-reformar-constituicao-de-cuba.ghtml

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Ricos de um lado, pobres do outro: fotos aéreas mostram desigualdades no mundo




1 junho 2018

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Em 2004, o fotógrafo Tuca Vieira capturou, para o jornal Folha de S.Paulo, a imagem da favela de Paraisópolis encravada no abastado bairro do Morumbi, na capital paulista. A foto, que ostentava um prédio com uma piscina por andar ao lado de barracos de alvenaria, correu o mundo e virou símbolo da desigualdade entre ricos e pobres.



Anos depois, o fotógrafo sul-africano John Miller usou um drone para registrar em fotos e vídeos cenas de diferentes cidades do mundo onde também há contrastes escancarados de áreas pobres e ricas.

Ver: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-44316691