domingo, 12 de agosto de 2018

Como outrora


Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2018/08/como-outrora.shtml


Secretário de Defesa dos EUA vem acelerar acordos de ajuda militar na região



12.ago.2018 às 2h00



A regressão se dá em mais vias do que vemos na política e em outras paisagens do dia a dia brasileiro. Uma das vias não observadas tem hoje um dia marcante, com a chegada do secretário de Defesa dos Estados Unidos ao Brasil, sua parada inicial na América do Sul. O general James Mattis vem acelerar o empenho americano de restabelecer os acordos "de cooperação militar" com países da região.



O Acordo Militar Brasil-Estados Unidos foi extinto pelo governo Geisel, em represália a atitudes do governo Jimmy Carter contra as práticas de violência da ditadura. Em parte, Geisel aproveitava a ocasião para encerrar uma presença de militares americanos que começava a ser perigosa para o regime. Os militares da "missão militar americana" estavam nas principais unidades do Exército, para uma assistência que nunca se limitou a questões técnicas.



Os assistentes do acordo tiveram papel importante, de fato, como doutrinadores políticos. Desde seus primeiros anos nos quartéis brasileiros, colaboraram para reverter o nacionalismo difundido entre os militares a partir da "batalha do petróleo", nos primeiros anos 1950, com a decorrente criação da Petrobras.



Na mesma trilha, sua encoberta doutrinação contribuiu para a formação, nas casernas, do movimento contra Getúlio e seu desenvolvimentismo. A abundância atual de documentos oficiais americanos reduz ao ridículo os que negavam a ação de americanos no preparo e na execução do golpe de 1964.



Por diferentes motivos, os acordos "de cooperação" se extinguiram na América Latina, passada a série de golpes. A degradação e depois o fim da União Soviética relaxaram a vigilância ativa dos Estados Unidos na região. Até verem, já atrasados, que a China se reinventou mais uma vez.



Com Lula, o governo Obama tanto propôs a reassociação como a encerrou em um curto-circuito inexplicado. Com Dilma, vigente ainda o mal-estar, o governo Obama foi desmascarado em escutas clandestinas das comunicações da presidente, espionagem cuja motivação também não foi esclarecida. Com Temer, as portas se abriram.



Os americanos querem o controle da base de lançamento de foguetes em Alcântara, Maranhão. As conversas a respeito, entre os dois governos, estão adiantadas. O mesmo a respeito de maior oferta do pré-sal a empresas privadas. Além disso, o governo Temer estuda a derrubada das restrições à venda, pela Petrobras, de parte das suas áreas no pré-sal.



A cessão da Embraer à entrada dominante da Boeing, empresa sob influência da Secretaria da Defesa, é outro item da reaproximação em andamento. E, com a vinda do general Mattis, iniciam-se os entendimentos para um plano de segurança regional, aproveitando a oportunidade implícita nos atuais governantes de Brasil, Argentina, Colômbia e Chile, países a receberem o secretário.



O Equador de Lenín Moreno, eleito pela esquerda e presidente de direita, já fez com o governo Trump o acordo formulado pelo Pentágono, para reativar a "cooperação militar" prevista no plano de segurança.



Contra que ameaças aos países procurados, isso os militares sul-americanos vão aprender nos cursos em bases americanas, como outrora era feito na "Escola das Américas" no Panamá, e na "assistência técnica" em seus próprios quartéis, também como outrora.



Janio de Freitas

Jornalista e membro do Conselho Editorial da Folha.

General Mourão, vice de Bolsonaro, mostra ignorância sobre índios e africanos


Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldojoselopes/2018/08/general-mourao-vice-de-bolsonaro-mostra-ignorancia-sobre-indios-e-africanos.shtml


Militar da reserva relacionou os amplos grupos étnicos à indolência e malandragem



12.ago.2018 às 2h00



O general da reserva Antonio Hamilton Mourão (PRTB) iniciou sua campanha de candidato a vice-presidente da República fazendo um diagnóstico das mazelas hereditárias do Brasil que parece ter sido copiado de algum manual de sociologia dos anos 1930.



“Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena”, pontificou ele em uma visita ao município de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, ressaltando as próprias origens ameríndias —“Meu pai é amazonense”.



Completou o raciocínio dizendo que “a malandragem é oriunda do africano”.



Quando fiquei sabendo da fala de Mourão, um texto curioso, escrito em 1723 por outro sujeito chamado Antonio (Pires de Campos, no caso), veio-me à cabeça. Ei-lo:



“Vivem de suas lavouras, no que são incansáveis, e as lavouras em que mais se fundam são mandiocas, algum milho e feijão, batatas, muitos ananases, e singulares em admirável ordem plantados (…) muito asseados e perfeitos em tudo que até as suas estradas fazem muito direitas e largas, e as conservam tão limpas e consertadas que se lhe não achará nem uma folha.”



Essa cena de produtividade e asseio quase germânicos não foi vista na Baviera, mas...entre índios da fronteira sul da Amazônia, em Mato Grosso, no lugar que Pires de Campos apelidava de “Reino dos Parecis”.



Cadê a indolência?



A arqueologia, aliás, tem mostrado que essa cena pode ter sido a regra, e não a exceção, antes que o futuro Brasil fosse conquistado pelos lusos.



A atual Rondônia, por exemplo, tem se revelado um dos principais berços da agricultura nas Américas (o cultivo de plantas pode ter começado ali há uns 9.000 anos).



Outros povos construíram os grandes monumentos funerários conhecidos como sambaquis no litoral; e grandes aldeias fortificadas, com densas redes de estradas, cortavam regiões amazônicas hoje consideradas “virgens”. 



Falemos, então, da malandragem africana. Seria a malandragem que levou guerreiros negros do atual Sudão a conquistar todo o orgulhoso Egito dos faraós por volta de 700 a.C.?



Ou foi graças à malemolência que o povo shona, na Idade Média, construiu a poderosa cidade de pedra do Grande Zimbábue, com tamanho e complexidade que nada deviam às maiores cidades europeias medievais?



Tudo isso, é claro, para não mencionarmos outra questão crucial: de quais índios ele está falando? (Ainda sobraram 150 línguas indígenas no Brasil, mais diferentes entre si do que o árabe difere do chinês.)



De quais africanos? (Há mais de mil línguas na África moderna.) Do ponto de vista cultural, é tudo a mesma coisa? (Não, nem de longe.)



Para ser justo com o general, ele argumentou ainda que “a herança do privilégio é uma herança ibérica”, e isso logo no começo de sua fala. Em outras palavras, a culpa também seria dos portugueses folgados que pariram nossa nação.



Ocorre, porém, que culturas humanas têm uma plasticidade admirável —do contrário, dinamarqueses e noruegueses ainda estariam enforcando criminosos em honra de Odin e saqueando monastérios na Irlanda, enquanto Portugal e Espanha não teriam conseguido entrar (meio claudicantes, é verdade) no rol das nações desenvolvidas.



Mudanças culturais como essas acontecem com base em incentivos e oportunidades.



Em vez de papagaiar essencialismo étnico, o general e seu mítico companheiro de chapa poderiam gastar um pouco mais de tempo pensando em como fomentar esses fatores de mudança.



Reinaldo José Lopes

Jornalista especializado em biologia e arqueologia, autor de "1499: O Brasil Antes de Cabral".

segunda-feira, 9 de julho de 2018

RJ, DF, SP e PA dominam ranking das 20 favelas mais populosas, diz IBGE; Rocinha lidera

Ver: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2011/12/21/rj-df-sp-e-pa-dominam-ranking-das-20-favelas-mais-populosas-diz-ibge-lider-e-a-rocinha.htm

Porto de Paranaguá recebe 52 blindados doados ao Exército Brasileiro

Ver: https://paranaportal.uol.com.br/cidades/porto-de-paranagua-recebe-52-blindados-doados-ao-exercito-brasileiro/

EUA deixaram 80 milhões de bombas não detonadas no Laos

Os EUA lançaram o equivalente a um avião carregado de bombas no Laos a cada oito minutos durante nove anos.

Ver: http://www.aereo.jor.br/2016/09/09/eua-deixaram-80-milhoes-de-bombas-nao-detonadas-no-laos/

Maioria dos árabes é muçulmana. Mas maioria dos muçulmanos não é árabe

Religião nasceu no mundo árabe. Hoje, maior número de seguidores está na Ásia, em países como Indonésia, Bangladesh e Índia



sábado, 16 de junho de 2018

Boicotado, Irã compra uniforme para jogar Copa do Mundo


Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2018/06/boicotado-ira-compra-uniforme-para-jogar-copa-do-mundo.shtml


Embargo americano fez a Federação Iraniana recorrer a outro fornecedor



16.jun.2018 às 20h10



Fábio Aleixo

MOSCOU


Para disputar a sua quinta Copa do Mundo, o Irã precisou comprar uniformes para jogar. Todas as peças que compõem a vestimenta da equipe asiática são adquiridas da fabricante Adidas.



A informação foi confirmada à Folha pela Federação Iraniana de Futebol, que evitou dar mais detalhes sobre o caso. No site oficial da entidade, não existe nenhuma exibição do logotipo da Adidas.



Para vestir a seleção brasileira, por exemplo, a Nike pagou em 2017 R$ 116 milhões.



Os iranianos, porém, não reclamam da cobrança da Adidas. A empresa alemã tem ajudado a equipe nacional a driblar um problema causado pelas sanções econômicas dos Estados Unidos.



Forneceu chuteiras aos atletas da equipe após a Nike se recusar a fazê-lo devido ao embargo americano.



A recusa da Nike irritou o técnico Carlos Queiroz e diversos atletas da seleção.



“O que a Nike fez conosco foi muito errado”, disse o atacante Karim Ansarifard. “Eu não quero comentar muito esse assunto, mas, como jogador de futebol, nós não comparamos problemas políticos e diplomáticos com o esporte".



“É algo totalmente injusto contra 23 garotos que só querem jogar futebol. Eles merecem ser tratados como qualquer outro jogador no mundo”, disse Queiroz.



Em nota, a empresa afirmou que “as sanções dos Estados Unidos fazem com que a Nike, como uma empresa americana, não possa fornecer chuteiras para os jogadores do Irã”.



Em maio, o presidente americano, Donald Trump, anunciou a retirada do país do acordo nuclear com Teerã. Com isso, derrubou o alívio das sanções econômicas ao país asiático, que valia desde 2015.



Com o Irã no portfólio, a Adidas é a empresa que mais tem representantes na Copa do Mundo. São 12 seleções —incluindo o Irã—, superando a Nike, que veste dez seleções.



O ranking ainda tem Puma (4), New Balance (2), Uhlsport (1), Hummel (1), Umbro (1) e Errea (1).



A Adidas também é patrocinadora oficial da Fifa há 20 anos. Antes disso, já produzia a bola do Mundial desde 1970, no México.



A última renovação de contrato entre Fifa e Adidas foi em 2014 e é válida até 2030. Os valores são mantidos em sigilo, mas por ser uma parceira de grau máximo a estimativa é que desembolse cerca de US$ 44 milhões (R$ 164 milhões) por ano.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Macedônia passará a se chamar Macedônia do Norte


Intenção da mudança é eliminar qualquer possível com relação com a região homônima no norte da Grécia e seus habitantes


Por EFE access_time 15 jun 2018, 18h51 - Publicado em 12 jun 2018, 15h42 more_horiz

Ver em: https://exame.abril.com.br/mundo/macedonia-passara-a-se-chamar-do-macedonia-do-norte/

quarta-feira, 6 de junho de 2018

A Petrobras corre real perigo

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2018/06/a-petrobras-corre-real-perigo.shtml

Desde a crise dos caminhoneiros nada aconteceu de bom com a empresa

6.jun.2018 às 2h00

A Petrobras arruinou-se no mandarinato petista por diversos motivos. Deles, o mais pueril foi a retórica da arrogância. Infelizmente, dela e do governo têm partido declarações destinadas a iludir a boa-fé do público fingindo desconhecer a barafunda criada pela política de preços dos combustíveis. Podiam ficar só nisso.

A retórica da arrogância foi exercitada à exaustão pelos petrocomissários. Basta que se recapitule um caso. Em 2012, um funcionário da companhia holandesa SBM denunciou suas maracutaias internacionais. Elas foram confirmadas por uma investigação interna que resultou numa indenização milionária ao governo holandês.

Sabia-se, pela denúncia, que a SBM teria distribuído pelo menos US$ 139 milhões a intermediários e hierarcas da estatal brasileira para azeitar contratos de aluguel de plataformas.

Dois anos depois, uma equipe da Petrobras foi à Holanda verificar o caso e anunciou-se que nada acontecera de anormal. Engano, pois a SBM começaria a negociar um acordo de leniência com a Controladoria Geral da União. Até hoje ele não foi concluído.

Entre 2012 e 2015 foram para a cadeia o ex-diretor Renato Duque e o ex-gerente Pedro Barusco, ambos mimados pela SBM. O representante da empresa no Brasil, Julio Faerman, passou a colaborar com a Justiça e repatriou US$ 54 milhões.

Varrida pela Lava Jato, a doutora Dilma colocou na Petrobras Aldemir Bendine, que estava no Banco do Brasil. Ele levou consigo para uma diretoria Ivan Monteiro. Num dos lances grotescos do período, Bendine chegou a anunciar que a Petrobras "talvez" voltasse a contratar serviços e equipamentos da SBM, "uma importante fornecedora". Como, não explicou.

A retórica da arrogância era um pastel de vento. Não havia como esconder a roubalheira denunciada em 2012, e em 2015 não era possível contratar a SBM para coisa alguma.

Na segunda-feira, o repórter Rubens Valente revelou que em 2016 o diretor Ivan Monteiro foi investigado pela Comissão de Valores Imobiliários.

Tratava-se de um caso de omissão de comunicado de fato relevante ao mercado. Monteiro propôs pagar R$ 200 mil à CVM, e em setembro passado fechou-se o caso. O ervanário não saiu do seu bolso, mas da seguradora que ampara a diretoria da empresa. (O ex-diretor financeiro da Petrobras durante o mandarinato petista fez pelo menos quatro acordos desse tipo, somando R$ 1,75 milhão.)

Exposto o caso de Monteiro com a CVM, a Petrobras tocou o velho realejo: "não houve qualquer condenação da CVM ou reconhecimento de culpa de parte do senhor Ivan Monteiro, tendo a autarquia concordado com celebração de termo de compromisso, procedimento utilizado e previsto em nome, aplicável ao caso".

Noves fora o mau português, ninguém havia dito que Monteiro foi condenado, nem que reconheceu culpa. Apenas deixou de fazer o que devia. Tanto foi assim que propôs pagar R$ 200 mil à CVM, com dinheiro da seguradora. Ninguém dá R$ 200 mil à Viúva a troco de nada.

O escritor mexicano Octavio Paz ensinou, faz tempo: "Quando uma sociedade se corrompe, a primeira coisa que se decompõe é a linguagem."
*
Nas próximas quatro quartas-feiras, o signatário exercitará o ócio.

Elio Gaspari
Jornalista, autor de 5 volumes sobre a história do regime militar, entre eles 'A Ditadura Encurralada'

Candidatura seria pela honra de Deus, diz mãe PM que matou ladrão

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/06/candidatura-seria-pela-honra-de-deus-diz-mae-pm-que-matou-ladrao.shtml

Admiradora de Bolsonaro e Tiririca, cabo Katia Sastre tem convites de PR e PSL para tentar a Câmara

6.jun.2018 às 2h00

Anna Virginia Balloussier
SÃO PAULO
—A pastora da Assembleia de Deus que frequenta já lhe havia dado a letra: “Você vai ficar conhecida”. Katia Sastre, 42, só não imaginava que seria por apertar o gatilho.

A cabo da Polícia Militar conta ter orado pela família de Elivelton Neves Moreira, 21. Matou-o após ele sacar seu revólver calibre 38 e anunciar um roubo na porta da escola da filha de 7 anos de Katia, no domingo de Dia das Mães, em Suzano (Grande São Paulo).

Lá pela uma da manhã, Katia alguém da equipe do governador Márcio França (PSB) telefonou: ele queria homenageá-la na segunda-feira.

Do pré-candidato à reeleição ganhou flores. Já o episódio todo lhe rendeu aplausos, daqueles que exaltaram a reação ligeira da PM de folga, e críticas, de quem viu ali uma ode à letalidade policial.  

Passadas três semanas, a PM recebeu a Folha no batalhão onde trabalha na área administrativa, na zona leste paulistana. Um oficial passa e se desculpa: na correria, não deu tempo de lhe dar parabéns, mas ficou feliz em saber que ela pode “representar as mulheres” na Câmara dos Deputados. A visão feminina “é mais ampla” e “isso é top”, diz a uma das 19 mulheres num batalhão com 300 homens.

Após o episódio que lhe trouxe fama, por lá pululam menções a uma eventual a carreira política da cabo Katia.

“[Deputada] federal, né?”, pergunta um. Ela acena. Também explica que a legislação eleitoral não exige que o militar da ativa de olho num cargo eletivo siga o prazo dado aos demais candidatos para se filiar a um partido, 7 de abril.

O militar pode registrar a candidatura após ter seu nome escolhido numa convenção partidária as de 2018 vão de 20 de julho a 5 de agosto.

A filha de um PM mineiro e uma professora paulista diz que ainda não decidiu qual sigla chamar de sua. Ainda avalia se Brasília é ou não para ela. Esteve com Valdemar Costa Neto, líder do PR, na semana passada. A legenda dá como certo lançá-la à Câmara.

Também foi convidada a entrar no PSL de Jair Bolsonaro,  “uma ótima pessoa” a quem diz admirar. Juntos gravaram um vídeo no Congresso. “O que sonhamos aqui, Katia, é fazer com que o policial —não apenas o policial, um cidadão de bem também—, ao agir em situação semelhante à sua, tenha garantia de que foi legítima defesa, não tenha punição”, diz o presidenciável.

Ela ri quando Bolsonaro repete uma de suas frases de efeito: uma “pistola na bolsa protege muito mais a mulher do que a Lei do Feminicídio”.

Outras inspirações políticas citadas pela PM são do PR: os deputados Tiririca, que lhe parece um cara honesto, e Capitão Augusto, PM como ela.

Se não crava para onde vai, Katia sabe com que vai: Deus. “Se eu realmente me candidatar, Ele tem a ver com isso.” E reforça: “Não esqueça de colocar que tudo isso é a mão de Deus, é pela honra de Deus”.

Katia sorri ao saber que a Câmara tem um culto semanal para parlamentares, às quartas, em um de seus plenários. Seu comandante conta que, na terça seguinte à tentativa de assalto, oficiais do batalhão oraram um Pai Nosso.

Continuam frescas as lembranças de Katia sobre o 12 de maio —Dia das Mães e também da PM Feminina. De manhã, ganhou das filhas de 7 e 2 anos presentes que ela mesma escolheu: “Um sapato meio social, de oncinha, uma camisa preta com pedras na manga e uma bolsa Victor Hugo”.

A mãe tomou café, e a primogênita, Nescau. Ensaiaram no carro uma canção que seria apresentada no colégio logo mais, “Promete”, da Ana Vilela. Diz a letra: “Promete aproveitar cada segundo desse tempo que já passa tão veloz”.

Veloz passou também o tempo que  teve para reagir ao rapaz que empunhou a arma e disparou. “Na hora que vi,  pensei: ‘Bom, se não tomar uma atitude, vou morrer na frente da minha filha’. E outras crianças podiam morrer.”

Dentro da bolsa nova, Katia levava a arma que tem permissão para portar. “Se ele revistasse e achasse, ia me matar com certeza, eu não teria uma segunda chance”, ela afirma.

A homenagem de França à cabo foi reprovada inclusive na cúpula da PM, que viu nela um incentivo às pessoas reagirem a assaltos —o contrário do que a instituição recomenda. Especialistas em segurança pública, em geral, concordaram que Katia agiu corretamente, dado o contexto.

“Eu que pedi socorro [para o ladrão]. A intenção era paralisar, não executar”, diz a PM.
Críticas à sua conduta não a abalam, diz. “Tive que tomar uma ação em dois segundos. Já as pessoas vão ter uma vida inteira para assistir ao vídeo infinitas vezes e dizer o que eu deveria ter feito.”

Também formada em arquitetura, engenharia de segurança e decoração de interiores, fora o papel de “mãe protetora louca”, ela é PM há duas décadas. Participou de operações nas ruas de 1997 a 2004.
Ela prefere não revelar se já usou a arma antes, em serviço ou fora dele. “Se quiser, fala que eu participei de ocorrências de inúmeras naturezas.” 

De uma tem orgulho de falar: o parto que ajudou a realizar numa viatura, conta enquanto a TV do batalhão exibe uma reportagem sobre a socialite Kim Kardashian ter ganhado “27 kg na gravidez”

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Projeto tenta devolver vida ao Mar de Aral, destruído por planos soviéticos de irrigação




Desvio de água para plantações de algodão transformou uma região próspera em uma área desolada e com altos índices de morte e doenças. Agora, um grande e lento plano de reflorestamento tenta reverter isso.

 BBC

Por BBC



04/06/2018 16h05  Atualizado 04/06/2018 16h05

Ver: https://g1.globo.com/natureza/noticia/projeto-tenta-devolver-vida-ao-mar-de-aral-destruido-por-planos-sovieticos-de-irrigacao.ghtml

sábado, 2 de junho de 2018

Raúl Castro comandará comissão para reformar Constituição de Cuba




Ideia é adaptar o texto, criado em 1976, às recentes mudanças econômicas e sociais no país.

 Agencia EFE

Por Agencia EFE



02/06/2018 14h07  Atualizado 02/06/2018 14h09

Ver: https://g1.globo.com/mundo/noticia/raul-castro-vai-comandar-comissao-para-reformar-constituicao-de-cuba.ghtml

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Ricos de um lado, pobres do outro: fotos aéreas mostram desigualdades no mundo




1 junho 2018

Compartilhe este post com Facebook Compartilhe este post com Messenger Compartilhe este post com Twitter Compartilhe este post com Email Compartilhar

Em 2004, o fotógrafo Tuca Vieira capturou, para o jornal Folha de S.Paulo, a imagem da favela de Paraisópolis encravada no abastado bairro do Morumbi, na capital paulista. A foto, que ostentava um prédio com uma piscina por andar ao lado de barracos de alvenaria, correu o mundo e virou símbolo da desigualdade entre ricos e pobres.



Anos depois, o fotógrafo sul-africano John Miller usou um drone para registrar em fotos e vídeos cenas de diferentes cidades do mundo onde também há contrastes escancarados de áreas pobres e ricas.

Ver: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-44316691

quarta-feira, 9 de maio de 2018

"A história nunca se repete, mas há semelhanças entre 1964 e 2016"

Historiador da PUC de São Paulo expõe o componente eleitoral dos dois golpes, com base em pesquisas atuais e do passado


Ver: https://www.cartacapital.com.br/revista/1002/a-historia-nunca-se-repete-mas-ha-semelhancas-entre-1964-e-2016/@@amp?__twitter_impression=true

terça-feira, 8 de maio de 2018

Gestão tucana afrouxa fiscalização de contrato de limpeza em São Paulo

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/05/gestao-tucana-afrouxa-fiscalizacao-de-contrato-de-limpeza-em-sao-paulo.shtml

Criticados por zeladoria, Doria e Covas enfraqueceram vistoria dos trabalhos
8.mai.2018 às 2h00
Guilherme Seto
SÃO PAULO

As gestões João Doria e Bruno Covas, ambas do PSDB, tomaram medidas nos últimos meses que afrouxaram a fiscalização do trabalho das empresas de varrição de São Paulo, que mantêm contratos com a prefeitura próximos de R$ 1 bilhão por ano.

Fiscais municipais têm a atribuição de conferir se a varrição está adequada —incluindo remoção de entulho, lavagem de vias, capinação, pintura de guias, desobstrução de bueiros e bocas de lobo e manutenção de lixeiras.

Caso haja, por exemplo, acúmulo de lixo, eles devem avisar a empresa para que a situação seja resolvida no prazo definido em contrato. Se a situação não for solucionada, é elaborado documento determinando a aplicação de multa.

Os consórcios Soma e Inova são os responsáveis pela varrição. Como os contratos bilionários chegaram ao fim em dezembro, eles operam hoje com acordos emergenciais.

Em setembro de 2017, uma portaria assinada por Bruno Covas, então secretário de Prefeituras Regionais da gestão Doria, permitiu uma série de mudanças que desincentivam os fiscais a acompanharem os serviços de varrição.

Inicialmente, 71 agentes tinham a responsabilidade exclusiva de fiscalizarem os trabalhos dessas empresas. Com a portaria, eles foram incumbidos de também tratarem de outras centenas de infrações relacionadas a outros temas --como problemas de alvará e desníveis de calçadas.

A remuneração dos cerca de 400 fiscais municipais (incluindo aqueles 71) é composta de uma parte fixa e de outra variável, calculada a partir de pontos acumulados por fiscalizações das diversas demandas existentes. Mas a gestão tucana decidiu excluir dessa conta a fiscalização dos serviços das concessionárias.

A medida foi encarada como um desincentivo pelos fiscais —diversos colocaram a varrição como última prioridade.

Por fim, e mais recentemente, os relatórios e multas em papel foram substituídos por um aplicativo de fiscalização das empresas. Em algumas prefeituras regionais, a partir disso houve orientação para que os fiscais restrinjam seu trabalho às áreas que estão no cronograma semanal de serviços de varrição das ruas.

Diferentemente do que ocorria antes, quando os agentes podiam andar pela região em busca de irregularidades, agora eles passam nos trechos em que as empresas já passaram ou ainda passarão.
Sendo assim, as concessionárias de limpeza já sabem os locais onde serão fiscalizadas.

Esse combo de desincentivos tem tido um impacto direto sobre a fiscalização de contratos desde 2017.

A Folha solicitou à prefeitura, por meio de Lei de Acesso à Informação, a quantidade de boletins de fiscalização emitidos por fiscais em cada uma das prefeituras regionais da cidade no ano passado.
Os boletins são gerados a cada fiscalização feita, e não significam necessariamente que irregularidades foram encontradas, mas apenas que algum funcionário passou por ali.

Das 32 prefeituras regionais, 16 responderam ao pedido.

Entre janeiro e agosto, houve uma média mensal de 11.812 boletins gerados por esses funcionários. De setembro ao final do ano, essa média caiu para 8.785 mensais --resultado atribuído às mudanças implantadas.

"A partir da concessão, a única garantia que se tem de que os serviços serão cumpridos é o contrato. Se não houver fiscalização, corre-se o risco de receber um serviço aquém do combinado", diz Marco Antonio Teixeira, professor de gestão pública da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).

"O monitoramento tem função primordial. Quando a prefeitura decide que não fará determinado serviço, ela deve ter controle sobre o que contrata e paga com o dinheiro do contribuinte", afirma.
Doria --que saiu do cargo em abril para se candidatar ao governo do estado-- e Covas têm sido pressionados devido à sujeira na capital paulista.

Em 2017, a prefeitura varreu menos toneladas de lixo (93 mil) do que no último ano da gestão anterior (96 mil), de Fernando Haddad (PT), que já vinha sendo criticada na área.

Em entrevista à Folha, Covas reconheceu que a zeladoria "não estava como continua não estando no nível de excelência que nós desejamos".

Ainda segundo ele, o motivo para as dificuldades seriam as limitações financeiras.

"No ano passado [2017], o recurso para zeladoria era R$ 350 milhões. No último ano da gestão Kassab, o valor de recursos era de R$ 1,3 bilhão. Então, a gente tinha menos recurso, menos equipes. O que fizemos foi ampliar a produtividade", afirmou.

OUTRO LADO

A Secretaria das Prefeituras Regionais afirma, em nota, que não houve uma flexibilização da fiscalização.

Segundo a pasta ligada à gestão Covas, os agentes vistores citados retornaram em setembro aos seus cargos de origem na Coordenadoria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano para fiscalização de posturas municipais.

A secretaria diz que "outros servidores da administração municipal foram remanejados para realizar a fiscalização de contratos" na Coordenadoria de Projetos e Obras.

Em complemento, a Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) diz que os fiscais do contrato sempre foram orientados a verificar a correta execução e qualidade dos serviços prestados pelas empresas de varrição.

O órgão afirmou à reportagem que a fiscalização "é realizada tanto de acordo com o plano de trabalho quanto de serviços demandantes --aqueles que não constam no cronograma e não têm lugar fixo, como a limpeza de pontos de descarte irregular".

O consórcio Soma disse que mudanças na fiscalização são responsabilidade de Amlurb. Questionado, o consórcio Inova não se pronunciou.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Paraguai seguirá exemplo dos EUA e mudará embaixada em Israel para Jerusalém

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/05/paraguai-segue-exemplo-dos-eua-e-mudara-embaixada-em-israel-para-jerusalem.shtml

Presidente paraguaio deve abrir nova instalação diplomática até o fim deste mês

7.mai.2018 às 16h35

JERUSALÉM
O Paraguai transferirá sua embaixada em Israel para Jerusalém até o fim deste mês, anunciaram um porta-voz do governo paraguaio e o Ministério das Relações Exteriores israelense nesta segunda-feira (7).

A decisão segue exemplo dos Estados Unidos e da Guatemala.

“O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, planeja vir a Israel até o final do mês para abrir uma embaixada em Jerusalém”, disse o porta-voz da chancelaria israelense, Emmanuel Nahshon, em um comunicado.

O governo paraguaio disse que Cartes prepara uma viagem a Israel nos dias 21 e 22. Diplomatas afirmaram à agência de notícias AFP que o processo da mudança está em andamento e que ele poderia participar da inauguração, junto com o presidente eleito, Mario Abdo Benítez.

O anúncio acontece uma semana antes da abertura da embaixada norte-americana em Jerusalém, programada para 14 de maio (aniversário de 70 anos de Israel), conforme a decisão tomada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 6 de dezembro de reconhecer a cidade como a capital do Estado judeu.

Desde sua criação, Israel considera Jerusalém sua capital, diferentemente da comunidade internacional, para quem ela é Tel Aviv. É lá que ficam todas as embaixadas, incluindo a do Brasil.
Israel conquistou a porção Oriental de Jerusalém em 1967, anexando-a em seguida e declarando toda a cidade como sua capital. A medida não foi reconhecida nem pelos EUA nem pela comunidade internacional,

A última rodada de conversas de paz sobre a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza fracassou em 2014.

Israel afirma que Jerusalém é sua capital eterna e indivisível, e os palestinos querem a parte oriental da cidade como capital de um Estado independente futuro.

Em março o presidente da Guatemala, Jimmy Morales, disse que seu país transferirá sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém no dia 16 de maio, dois dias após a transferência norte-americana.
Em abril o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse que atualmente “ao menos meia dúzia” de países estão “debatendo seriamente” após a iniciativa dos EUA, mas não os identificou.

O governo brasileiro informou no mês passado que, ao menos por ora, não pretende mudar sua embaixada.

Em dezembro, 128 nações aprovaram uma resolução não vinculante no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo que Washington recue em seu reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel. Nove votaram contra, 35 se abstiveram e 21 não depositaram seu voto.

Em visita ao ditador venezuelano, Nicolás Maduro, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, pediu nesta segunda aos países da região que não sigam os exemplos guatemalteco e paraguaio.

"Esperamos que alguns países do continente americano não mudem suas embaixadas para Jerusalém porque isso contradiz a legalidade internacional."

Ele manifestou o interesse por retomar negociações com Israel, com base nas leis internacionais, e agradeceu o anfitrião pelo repúdio à decisão de Trump, um dos principais desafetos do chavista.

CRONOLOGIA

Transferência da embaixada americana para Jerusalém

6.dez.2017
O presidente americano, Donald Trump, anuncia o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, ordenando a transferência da embaixada de Tel  Aviv para Jerusalém

11.dez.2017
A União Europeia rejeita o anúncio americano e afirma que nenhum de seus países transferirá embaixadas para Jerusalém

13.dez.2017
Mais de 50 países da Organização para Cooperação Islâmica aprovam moção rejeitando a decisão de Trump

21.dez.2017
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprova resolução declarando nulo o status de Jerusalém como capital de Israel: 128 países votam a favor, 9 contra e 35 se abstêm

24.dez.2017
O governo de Guatemala anuncia que será o segundo país a transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém

23.fev.2018
O Departamento de Estado americano anuncia que a transferência da embaixada acontecerá em maio

4.mar.2018
O presidente da Guatemala, Jimmy Morales, anuncia que a embaixada de seu país em Israel também será transferida em maio

27.mar.2018
Israel aprova a mudança temporária de status do consulado americano localizado no bairro de Arnona, em Jerusalém, para embaixada

REUTERS

Maior favela de SP terá banco e moedas próprios

Ver: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43954042

sábado, 5 de maio de 2018

Estudo detalha origem oligárquica de Moro, Dallagnol e Santos Lima

Segundo pesquisa da UFPR, ‘nepotismo e familismo explicam atraso, falta de justiça e desigualdades’ no Paraná

Ver: https://www.cartacapital.com.br/politica/estudo-mostra-genealogia-oligarquica-de-moro-dallagnol-e-santos-lima/@@amp?__twitter_impression=true

Para o "mercado" curar doenças é mau negócio


quinta-feira, 3 de maio de 2018

Santiago bate Moscou e vence ‘Copa do Mundo’ de mapas de metrô

Fonte: https://avenidas.blogfolha.uol.com.br/2018/05/03/santiago-bate-moscou-e-vence-copa-do-mundo-de-mapas-de-metro/

3.maio.2018 às 14h02

Rafael Balago

Santiago, no Chile, venceu a ‘Copa do Mundo’ de mapas de metrô, organizada pelo site Transit Maps e disputada ao longo de um mês.

A página criou um duelo entre os cartazes de 32 cidades do mundo, por meio de votações diárias no Twitter. Na final, encerrada na quarta-feira (2), a capital do Chile venceu Moscou com 72% de preferência. Londres ficou em terceiro lugar.

São Paulo ganhou de Washington na primeira fase, mas em seguida perdeu para Seul.

“Sem dúvida, essa vitória foi criada por uma forte ação de mídias sociais que mobilizou um grande número de pessoas a votar pelo seu mapa. O ministro chileno de Transportes se envolveu, e inclusive o prefeito de Santiago tuitou sobre isso”, escreveu Cameron Booth, designer australiano que mantém o site Transit Maps.

Para ele, o mapa de Santiago é melhor que a média, mas não está na elite da cartografia global. “O de Moscou está acima de todos. Foi testado e aprimorado ao longo de anos, é complexo mas limpo e adaptado para durar ao menos pelas próximas décadas”.

O cartaz chileno tem duas coisas que o de São Paulo não possui: detalha em quais ruas e avenidas estão as estações e conta com escala mais próxima do real, o que permite calcular melhor a distância entre as paradas.

O metrô de Santiago soma a mesma idade que o paulistano: 50 anos. O primeiro trecho foi aberto em 1975, pelo ditador Augusto Pinochet (1915-2006), um ano depois do sistema de São Paulo começar a receber passageiros.

Atualmente, a capital paulista tem 81 km de rede de metrô, em seis linhas (uma de monotrilho). Santiago atingiu 118 km no ano passado e planeja chegar aos 174 km até 2025.

Outra meta do serviço chileno é passar a ser alimentado com 60% da energia vinda de fontes como o sol e o vento até o fim de 2018. A força virá de 255 mil painéis solares e de um parque eólico, instalados no deserto do Atacama.

Sobre o torneio, Cameron promete fazer uma próxima edição “talvez em 2020”.
Abaixo, a lista dos mapas que estiveram na disputa, compilada pelo Transit Maps.

Barcelona (PDF)
Berlin (PDF)
Boston
Budapeste (PDF)
Buenos Aires (JPG)
Chicago (PNG)
Cingapura
Estocolmo (PDF)
Hong Kong
Istambul (JPG)
Londres
Los Angeles
Madri (PDF)
Cidade do México
Milão (JPG)
Montreal (PDF)
Moscou
Nova Déli (PDF)
Nova York
Paris (PDF)
Pequim (JPG)
Praga (PDF)
Santiago (PDF)
São Paulo (PDF)
Seul (PDF em arquivo zipado)
São Petersburgo (PNG)
Taipei
Tóquio
Toronto (PDF)
Vancouver (PDF)
Viena (PDF)
Washington (PDF)

Em anúncio, lançamento imobiliário já ‘eliminava’ prédio ocupado que desabou

Propaganda para venda de apartamentos de prédio residencial vizinho à ocupação da Rua Antônio de Godói apagava digitalmente o prédio que pegou fogo no dia 1º

Ver: http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2018/05/em-anuncio-lancamento-imobiliario-ja-eliminava-predio-ocupado-que-desabou

terça-feira, 1 de maio de 2018

Antes de reajuste anunciado por Temer, governo tira 392 mil famílias do Bolsa Família

Ver: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/05/01/antes-de-reajuste-anunciado-por-temer-governo-tira-392-mil-familias-do-bolsa-familia.htm

Dia do Trabalho: quais os países onde as pessoas trabalham mais horas?

Em março, a Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou uma lei que reduzirá a carga de trabalho de sua população: o limite máximo de horas trabalhadas por semana passará de 68 para 52.

Ver: https://www.bbc.com/portuguese/amp/internacional-43902759?__twitter_impression=true

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Lista de países bombardeados pelos EUA desde 1950

Lista de países bombardeados pelos EUA desde 1950

Corea y China 1950-1953 (Guerra de Corea)
Guatemala 1954
Indonesia 1958
Cuba 1959-1961
Guatemala 1960
Congo 1964
Laos 1964-1973
Vietnam 1961-1973
Camboya 1969-1970
Guatemala 1967-1969
Granada 1983
Líbano 1983, 1984 (ambos objetivos libaneses y sirios)
Libia 1986
El Salvador, 1980
Nicaragua, 1980
Irán 1987
Panamá 1989
Irak 1991 (Guerra del Golfo Pérsico)
Kuwait 1991
Somalia, 1993
Bosnia 1994, 1995
Sudán 1998
Afganistán 1998
Yugoslavia 1999
Yemen 2002
Irak 1991-2003 (EE.UU/RU de manera regular)
Irak 2003-2015
Afganistán 2001-2015
Pakistán 2007-2015
Somalia 2007-8 2011
Yemen, 2009, 2011
Libia de 2011, 2015
Siria 2014-2016

Fonte: cubadebate.cu

terça-feira, 24 de abril de 2018

Atual gestão da Eletrobras pagou quase R$ 2 milhões para que falassem mal da própria empresa

Ver: http://agenciasportlight.com.br/index.php/2018/04/24/atual-gestao-da-eletrobras-pagou-quase-r-2-milhoes-para-que-falassem-mal-da-propria-empresa/

domingo, 22 de abril de 2018

Dia do Descobrimento já foi 3 de maio; saiba mais sobre a data comemorativa

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/04/dia-do-descobrimento-ja-foi-3-de-maio-saiba-mais-sobre-a-data-comemorativa.shtml

Publicação da carta de Pero Vaz de Caminha em 1817 mudou entendimento até então vigente

22.abr.2018 às 2h00

"Em que dia o Brasil foi descoberto?" Até 1817, a resposta correta era 3 de maio. A data foi estabelecida no período colonial pelo historiador português Gaspar Correia (1495-1561).

De acordo com historiadores, Correia chegou a essa conclusão baseado no nome que as novas terras receberam. Como elas foram batizadas de Ilha de Vera Cruz e Terra de Santa Cruz, provavelmente seria uma homenagem ao Dia da Santa Cruz, celebrado em 3 de maio.

Por três séculos, essa foi a data da descoberta do Brasil. Tudo mudou, porém, com a vinda da família real ao país, em 1808. Junto com a corte veio uma cópia daquela que é considerada a  "certidão de nascimento" do país: a carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral.

O relato de Caminha foi descoberto pelo padre Aires de Casal, que o publicou pela primeira vez em 1817. Tudo indica que, até então, o documento permaneceu ignorado desde a viagem de Cabral.

Nele, o escrivão narra a vista de terras no dia 22 de abril de 1500. A partir daí a data se impôs como o dia do descobrimento.

O 3 de maio, entretanto, foi adotado como feriado nacional pelo governo logo após a Proclamação da República (1889). Na lista de datas comemorativas, criada em 1890, lá estava ele, ao lado de algumas novidades, como o Dia de Tiradentes.

Como o governo não deu explicações, a imprensa cogitou que a data fora estabelecida para não ficar próxima do feriado em celebração do mártir da Inconfidência Mineira.

A justificativa oficial veio apenas em 1893, com a publicação do livro "Festas Nacionaes", de Rodrigo Octavio. Segundo o autor, a divergência na data ocorreu por causa da correção no calendário feita pelo papa Gregório XIII (1502-1585).

O feriado do Descobrimento foi extinto por Getúlio Vargas em 1930. No decreto, ele afirmava que, em "vantagem do trabalho nacional", era preciso reduzir os dias de folga e manter apenas os que sensibilizam mais profundamente a consciência coletiva.

É uma falácia dizer que bancos brasileiros são muito eficientes, diz presidente de consultoria


Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/04/e-uma-falacia-dizer-que-bancos-brasileiros-sao-muito-eficientes-diz-presidente-de-consultoria.shtml


Para o presidente da Roland Berger, instituições nacionais têm mais de R$ 50 bi cobertos pelas altas taxas de juros



22.abr.2018 às 2h00



Alexa Salomão

SÃO PAULO

​​O presidente da consultoria alemã Roland Berger, António Bernardo, é um crítico contumaz dos bancos no Brasil e do papel deles na preservação das altas taxas de juros e de spread (diferença entre as taxas de juros que o banco paga e as que cobra).



Mesmo reconhecendo que o ambiente local é adverso, o que exige que cobrem mais pelos empréstimos, Bernardo afirma que as instituições financeiras instaladas no país estão em uma posição confortável e não têm pressa em fazer o dever de casa.



"No Brasil há uma concorrência soft entre os bancos, o que leva a uma enorme desvantagem: gera ineficiências."



O Banco Central, avalia Bernardo, já está tomando medidas para corrigir esse comportamento. "A pressão sobre os bancos está crescendo. E eles já estão sentindo. A mudança agora é apenas uma questão de tempo", afirma.



Por que a taxa básica de juros está no menor nível desde o início do Real, mas não vemos a redução dos juros no crédito nem dos ganhos dos bancos, o chamado spread?



As taxas de juros para o consumidor final estão caindo, o spread também, mas a redução vem de forma muito gradual, o que é negativo para o investimento, para o consumo, para a recuperação da economia. Essa inércia dos bancos em reduzir as taxas ocorre por várias razões. Uma delas é o fato de o Brasil ter uma grande concentração bancária.



Mas a concentração bancária ocorre em outros países que não têm taxas elevadas. Dá mesmo para afirmar que essa é uma causa?



Há concentração bancária em outras economias, mas em economias pequenas, como a Holanda e a Finlândia. Entre as grandes, a concentração é bem maior do que no Brasil. Estados Unidos, França, Reino Unido, por exemplo, são grandes economias com concentração bancária bem menor do que a brasileira. E a experiência mostra que setores muito concentrados têm mais propensão ao que chamo de concorrência soft.



O que seria isso?



Não estou dizendo que os bancos fazem algo ilegal, que organizam reuniões a portas fechadas para combinar juros. Estou dizendo que a concentração leva à redução na concorrência —e não é fácil explicar essa redução na prática. Os bancos fazem propaganda do crédito hipotecário, do crédito para automóvel, e fica parecendo que há concorrência. Mas isso não é concorrência. Na concorrência verdadeira ocorre uma pressão grande sobre os preços, e, para conquistar clientes, é preciso baixar o preço —no caso dos bancos, baixar as taxas de juros. Não há pressão sobre os preços no sistema bancário brasileiro.



Há quem defenda que concentração pressuponha bancos mais robustos e eficientes, o que dá segurança ao sistema. Esse setor já foi mais pulverizado no Brasil, teve problemas e exigiu saneamento. O país não está mais seguro assim?



De um lado, sim, é verdade. Instituições maiores e mais fortes dão mais segurança ao sistema financeiro. Mas também traz essa concorrência soft que eu falei, o que leva a uma enorme desvantagem para todo o sistema: gera ineficiências. Ao contrário do que se pensa, os grandes bancos brasileiros não são tão eficientes assim.



Mas é recorrente o discurso de que os bancos brasileiros estão entre os mais eficientes do mundo.



Isso é uma falácia. Basta comparar os números. Para medir a eficiência, os bancos usam várias métricas, uma delas é o CIR (taxa que mostra a relação entre os custos de operação e a renda). O CIR dos bancos brasileiros está abaixo de 50%. Por exemplo, o Santander tem cerca de 42%, o Itaú algo como 45%, o Bradesco, 49%. O CIR dos bancos na Europa está ao redor de 62%, e o dos Estados Unidos, 59%.



Mas essa é uma maneira simplista e pouco rigorosa de ver a eficiência. O CIR aqui é mais baixo porque o spread é absurdamente mais elevado —tem mais income, renda—, não porque os custos sejam baixos. Os custos dos bancos no Brasil, aliás, são muito altos.



O sr. está dizendo que o spread encobre ineficiências?



Sim. Encobre ineficiências e mantém resultados. A rentabilidade dos bancos brasileiros vem do spread excepcionalmente alto que cobram. Nas análises que fizemos, identificamos que há mais de R$ 50 bilhões em custos que poderiam ser cortados e estão sendo cobertos pelo spread.



Que custos são esses?



Estruturas organizacionais pesadas, com gente demais, processos de middle e back-office (áreas internas responsáveis por transações financeiras e obrigações regulatórias) ultrapassados, excesso de agências. Há outro indicador mundial para medir eficiência: despesas administrativas e com pessoal sobre o ativo total (peso dos custos sobre os ativos). Entre os maiores bancos no Brasil, essa relação é de 3,5%. Na Europa, 1,5%, menos da metade. Nos Estados Unidos, 2,5%.



Os bancos alegam que os spreads são altos por outras questões, alheias às suas operações, como a alta inadimplência. Não é assim?



Os custos com inadimplência no Brasil são três ou quatro vezes maiores do que em alguns países da Europa. Mas, no que se refere à inadimplência, pesam diferentes fatores. Recuperação de garantias, por exemplo, é um indicador importante. No Reino Unido e na Alemanha, a capacidade de execução de uma garantia em caso de inadimplência supera 80%. No México, 70%. Sabe qual é a capacidade de recuperação no Brasil? Cerca de 16%. Pesa também a questão do prazo: quanto mais tempo se leva para recuperar a garantia, mais pressão vemos sobre a inadimplência. No Reino Unido, um ano, um ano e meio. No Brasil, quatro anos.



Há, então, problemas do arcabouço legal que não depende dos bancos, correto?



Sim. Questões legais e outras distorções particulares do Brasil pesam, mas é preciso ter em mente que esse não é o aspecto mais relevante. Uma questão fundamental que afeta a inadimplência está no modelo de análise de risco dos bancos. Eles precisam ajustar e melhorar os modelos. Emprestaram altas quantias a clientes que depois se mostraram arriscados. Há novas tecnologias que podem ajudar nisso. Fintechs (empresas financeiras baseadas em novas tecnologias) já usam inteligência artificial para melhorar a eficiência.



Que medidas podem acelerar a redução do spread?



O Banco Central tem agido nesse sentido. Está ajustando a regulação dos bancos médios e das fintechs para elevar a concorrência. Essas instituições, mesmo sendo menores, podem fazer diferença. As cooperativas de crédito são um bom exemplo. Têm taxas de juros mais baixas do que as de grandes bancos e estão ampliando o crédito. O Banco Central também reduziu os depósitos compulsórios (dinheiro dos clientes que os bancos são obrigados a depositar no BC para controle de circulação de moeda), liberando recursos para o crédito.



Mas bancos centrais gostam de trabalhar pelo convencimento antes de tomar medidas radicais. Chamam as instituições e avisam: "Olha, com esse juro e essa inflação tão baixos, não faz sentido esse spread". A pressão sobre os bancos está crescendo. E eles já estão sentindo. A mudança agora é apenas questão de tempo.

Presidente francês diz não ter 'plano B' para acordo nuclear iraniano


Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/04/presidente-frances-diz-nao-ter-plano-b-para-acordo-nuclear-iraniano.shtml


Macron afirmou ainda que EUA devem permanecer no pacto enquanto não houver opção melhor



22.abr.2018 às 11h05



O presidente francês, Emmanuel Macron, disse em entrevista ao canal Fox News neste domingo (22) que não tem "plano B" para o acordo nuclear iraniano e que os Estados Unidos devem permanecer no acordo enquanto não houver uma opção melhor.



Macron ainda afirmou que Estados Unidos, França e outros aliados terão um papel "muito importante" para desempenhar na reconstrução da Síria após o término da guerra. Ele alertou que o Irã, que tem sido o principal aliado do presidente sírio, Bashar al-Assad, invadirá a Síria se os países partirem muito cedo.



No sábado (21), o presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse que está pronto para tomar reações "esperadas e inesperadas" caso os Estados Unidos se retirem do acordo internacional.



"Nossa organização de energia atômica está totalmente preparada... para ações que são esperadas e ações que eles não esperam", afirmou Rouhani, em discurso realizado na televisão estatal, referindo-se à decisão de Trump de deixar o acordo no próximo mês.



O acordo feito entre Irã, Estados Unidos e cinco outros países impõe travas ao programa nuclear iraniano em troca de alívio nas sanções internacionais.



Trump disse que o acordo foi um dos piores já negociados. Em janeiro, o presidente norte-americano deu um ultimato a Reino Unido, França e Alemanha, dizendo que eles precisam concordar em ajustar o que os EUA veem como falhas na negociação, ou ele se recusaria a estender os fundamentais cortes de sanções realizados até então.



REUTERS

Principais candidatos à Presidência do Paraguai votam neste domingo


Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/04/principais-candidatos-a-presidencia-do-paraguai-votam-neste-domingo.shtml

Primeiras horas da eleição transcorreram sem incidentes graves

22.abr.2018 às 12h34

 

Diego Zerbato

ASSUNÇÃO

Os dois principais candidatos à Presidência do Paraguai votaram cedo na manhã deste domingo (22), em uma eleição que em suas primeiras horas não teve incidentes graves.



Mario Abdo Benítez, do Partido Colorado (direita), e Efraín Alegre, do Partido Liberal (centro), foram às seções eleitorais antes das 8h (9h em Brasília), na primeira hora de votação.



Em café da manhã com os jornalistas no final da madrugada, Marito pediu aos paraguaios que fossem às urnas e disse que será um dia histórico, apesar da previsão de um comparecimento baixo.



Líder nas pesquisas, ele reiterou seu pedido de união dos paraguaios, embora tenha voltado a afirmar que priorizará seus partidários políticos na composição de seu ministério, se eleito.



“Terminamos esse processo tratando de ser coerentes com a necessidade de transformar a República, de fazer uma política diferente. Não nos dedicamos em nenhum momento a responder insultos, agravos, porque temos que estar unidos os paraguaios.”



Ele respondeu de forma evasiva sobre as participações do presidente Horacio Cartes e do vice, Juan Afara, na eleição do Senado pelo Partido Colorado, autorizadas pela Justiça, embora a lei não as permita, e de Oscar González Daher, que teve o mandato cassado por tráfico de influência.



“Acho que demos provas de que estamos buscando uma Justiça completamente despolitizada. Nós temos que respeitar a independência dos poderes e a institucionalidade da república.”



Questionado pela imprensa estrangeira sobre política externa, tema pouco abordado em sua campanha, disse que priorizará a abertura do Mercosul a outros países do mundo.



“O Mercosul tem um potencial ainda não desenvolvido à profundidade que eu gostaria. Nós vamos continuar aprofundando os laços com os países do bloco e abrirmos ao mundo.”



Também prestou solidariedade aos venezuelanos pela crise e disse que continuará com o tom crítico da administração de Cartes contra o regime de Nicolás Maduro.



“Eu sempre fui crítico à condução política da Venezuela. Minha solidariedade com esse grande povo, que em um momento foi o farol democrático da América Latina e que tem que recuperar seu caminho democrático.”



Na sequência, foi votar com a família, chegando ao colégio eleitoral em Assunção por volta das 7h30. Antes de entrar, foi perguntado sobre os eleitores que o criticam por sua relação com a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989). “É uma crítica ridícula.”



Depois de acompanhar a mulher, Silvana, foi visitar o túmulo do pai, Mario Abdo Benítez, braço-direito do ditador, cumprindo um ritual de todas as campanhas eleitorais.



EFRAÍN

No mesmo horário, votava no prédio do Ministério da Fazenda o opositor Efraín Alegre. Ele comemorou o fato de não haver incidentes eleitorais até o momento e se disse confiante na disputa. “Hoje vai ser um grande dia, de um Paraguai que aposta no futuro, não no passado.”



Apesar da tranquilidade, os dois candidatos foram hostilizados no caminho. Ao acompanhar um de seus aliados, Efraín foi xingado por pessoas que estavam à frente de uma escola de Assunção, que gritavam para que fossem embora. Já Marito recebeu um arranhão de uma mulher ao chegar à seção eleitoral.



A previsão é que os primeiros resultados eleitorais saiam por volta das 18h locais e que a apuração termine às 23h, segundo o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, organizador do pleito.



As quatro primeiras pesquisas de boca de urna, feitas a partir das três primeiras horas de votação, mostram um dos candidatos com cerca de 50% dos votos, enquanto o outro teria em torno de 35%.



Conforme a lei eleitoral, os nomes não foram divulgados. O resultado apresenta números similares aos feitos antes da eleição, em que Marito liderava sobre Efraín.

sábado, 21 de abril de 2018

Irã promete reações 'esperadas e inesperadas' se EUA deixarem acordo nuclear


Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/04/ira-promete-reacoes-esperadas-e-inesperadas-se-eua-deixarem-acordo-nuclear.shtml

Pacto impõe travas do programa nuclear iraniano em troca de alívio nas sanções internacionais

21.abr.2018 às 12h20

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse neste sábado (21) que está pronto para tomar reações "esperadas e inesperadas" caso os Estados Unidos se retirem de um acordo nuclear internacional, como o presidente do país, Donald Trump, ameaça fazer.

"Nossa organização de energia atômica está totalmente preparada... para ações que são esperadas e ações que eles não esperam", afirmou Rouhani, em discurso realizado na televisão estatal, referindo-se à decisão de Trump de deixar o acordo no próximo mês.

O acordo feito entre Irã, Estados Unidos e cinco outros países impõe travas ao programa nuclear iraniano em troca de alívio nas sanções internacionais.

Trump disse que o acordo foi um dos piores já negociados. Em janeiro, o presidente norte-americano deu um ultimato a Reino Unido, França e Alemanha, dizendo que eles precisam concordar em ajustar o que os EUA veem como falhas na negociação, ou ele se recusaria a estender os fundamentais cortes de sanções realizados até então.

O embaixador do desarmamento dos EUA, Robert Wood, afirmou na quinta-feira que Washington está tendo discussões "intensas" com seus aliados europeus antes do prazo final de 12 de maio, quando as sanções norte-americanas retornarão a não ser que Trump decrete um novo período de suspensão.

REUTERS

Por que Kim Jong-un decidiu agora suspender os testes nucleares da Coreia do Norte?


Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-43850996


Ankit Panda*

The Diplomat

21 abril 2018


O anúncio feito pelo líder norte-coreano Kim Jong-un de que vai suspender os testes nucleares pode, à primeira vista, trazer alívio temporário ao mundo, mas basta uma olhar mais apurado sobre a história do país para esmorecer toda e qualquer esperança.

Ver: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-43850996

Banco Mundial deve emprestar menos à China e mais a países pobres, diz secretário dos EUA


Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/04/banco-mundial-deve-emprestar-menos-a-china-e-mais-a-paises-pobres-diz-secretario-dos-eua.shtml


Para Steven Mnuchin, FMI deveria monitorar países com superávits comerciais recorrentes



21.abr.2018 às 15h09



O secretário do tesouro americano, Steven Mnuchin, quer que o FMI (Fundo Monetário Internacional) tome mais medidas contra o que a administração do republicano Donald Trump chama de práticas comerciais injustas e que o Banco Mundial direcione seus empréstimos baratos para países pobres, em detrimento da China.



As políticas comerciais atacadas por Mnuchin, segundo ele, impedem um crescimento mais robusto da economia global e da americana, em particular.



O secretário falou em evento de encerramento de encontro do FMI em Washington.



Durante o encontro, o movimento da política internacional americana em direção ao "america first" (Estados Unidos em primeiro lugar) foi alvo de divergências com outros países.



Mnuchin afirmou que o trabalho do FMI deve ir além da concessão de empréstimos de emergência para países em dificuldades financeiras. Segundo ele, a organização deveria monitorar mais de perto as práticas de países que consistentemente obtém superávits no comércio exterior.



O Banco Mundial, segundo ele, não deve voltar atrás na iniciativa de mudar o destino de seus empréstimos, priorizando países pobres, em vez de países em desenvolvimento com crescimento acelerado, como a China.



DISCORDÂNCIAS

Muitos participantes usaram as reuniões para protestar contra o protecionismo de Donald Trump, que marcam uma mudança nas sete décadas de apoio ao comércio livre e global pelos Estados Unidos.



"Nós rejeitamos veementemente movimentos em direção ao protecionismo", disse Már Guðmundsson, presidente do Banco Central da Islândia.



"Restrições ao comércio unilateral farão apenas mal para a economia global."



Os Estados Unidos causaram turbulência no mercado financeiro internacional nas últimas semanas com uma série de movimentos provocativos que despertaram o alerta de uma guerra comercial iminente.



No mês passado, Washington impôs taxas sobre aço e alumínio importados, e em seguida, tarifas sobre US$ 50 bilhões em exportações chinesas como punição pelas ações do país asiático para controlar tecnologias americanas.



A China contratacou taxando US$ 50 bilhões em exportações americanas e, por fim, Trump decidiu elevar as exportações da China taxadas para US$ 100 bilhões.





"A principal ameaça é o recrudescimento das tensões e a possibilidade de entrarmos em uma sequência de medidas unilaterais, gerando incertezas para o comércio internacional e o crescimento global", disse Roberto Azevêdo, diretor geral da Organização Mundial do Comércio para para o comitê de política do FMI.



Se, de um lado, os representantes do setor financeiro mantêm divergências em relação ao comércio exterior com Washington,  de outro concordam com os EUA em relação a necessidade de de ações coordenadas para sustentar a mais forte expansão econômica desde a crise financeira de 2008.



"Temos de manter esse grupo trabalhando em conjunto", disse Nicolas Dujovne, ministro da Fazenda da Argentina.



ASSOCIATED PRESS

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Grupo separatista basco ETA pede desculpas por violência

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/04/grupo-separatista-basco-eta-pede-desculpas-por-violencia.shtml

Próximo de anunciar sua dissolução, organização pediu perdão às suas vítimas

20.abr.2018 às 9h28

MADRI
O grupo separatista basco ETA pediu desculpas nesta sexta-feira (20) pelo mal causado a suas vítimas e seus familiares durante uma campanha violenta de meio século para criar um Estado independente no norte da Espanha e no sudoeste da França.

"Estamos cientes de que, durante este longo período de luta armada, provocamos muito sofrimento, inclusive muitos danos para os quais não há solução. Queremos mostrar respeito pelos mortos, pelos feridos e pelas vítimas que foram provocados pelas ações do ETA", disse o grupo, em um comunicado publicado no jornal basco Gara.

"Pedimos desculpas de verdade", afirma a organização, que executou atentados com bomba e assassinatos que deixaram 829 mortos, tanto no País Basco como no resto da Espanha e na França.

O pedido de desculpas chega no momento em que se espera que o grupo anuncie sua dissolução definitiva no início do próximo mês, pouco mais de um ano depois de encerrar sua campanha separatista armada entregando suas armas e explosivos.

"Olhando para frente, a reconciliação é uma das tarefas que precisam ser realizadas no País Basco, algo que já está acontecendo entre os cidadãos. É um exercício necessário para reconhecer a verdade de maneira construtiva, curar feridas e oferecer garantias para que este sofrimento não volte a acontecer", diz a nota. 

A organização, que também realizou em nome da luta armada sequestros e extorsões, pediu perdão especificamente para as vítimas "que não tinha uma participação direta no conflito, nem responsabilidade alguma". "A estas pessoas e seus parentes pedimos perdão", afirma o texto com data de 8 de abril, exatamente um ano depois de quando entregou as armas.

Criado em 1959 durante a ditadura de Francisco Franco, o ETA (Euskadi Ta Askatasuna, ou País Basco e Liberdade) lutava pela independência da região, que tem língua e cultura próprios. Com a chegada da democracia, nos anos 1970, o grupo foi aos poucos perdendo apoio e em 2011 renunciou em definitivo à luta armada.

Associações de vítimas do terrorismo, que exigiam há vários anos um pedido de desculpas do ETA, criticaram o comunicado, que consideraram insuficiente.

"Parece vergonhoso e imoral que façam esta distinção entre os que mereciam o tiro na nuca, a bomba no carro e os que foram vítimas por acaso, porque não mereciam", afirmou ao canal público espanhol TVE a presidente da Associação das Vítimas do Terrorismo, María del Mar Blanco.

O governo espanhol comentou o pedido de desculpas e disse que o grupo foi derrotado "com as armas da democracia". "As vítimas, sua memória e sua dignidade foram decisivas para derrotar o ETA. O ETA deveria ter se desculpado pelos danos causados de maneira sincera e incondicional muito tempo atrás", disse o gabinete do primeiro-ministro Mariano Rajoy.

REUTERS e AFP

A atuação histórica do BNDES: o que os dados têm a nos dizer?


O Texto para discussão 123, de autoria de Ricardo de Menezes Barboza, Mauricio Furtado e Humberto Gabrielli, busca examinar a atuação histórica do BNDES, com base nos dados de aprovação de crédito e de desembolso da instituição. O objetivo é responder três perguntas:

Ver mais: https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/conhecimento/noticias/noticia/td-atuacaohistorica-post

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Após 59 anos de era Castro, Cuba empossa Miguel Díaz-Canel como presidente

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/04/miguel-diaz-canel-e-confirmado-como-sucessor-de-raul-castro-em-cuba.shtml

Engenheiro de 57 anos chefiará ilha, ainda à sombra de Raúl Castro, que segue comandando partido

19.abr.2018 às 10h21

Isabel Fleck
HAVANA

A Assembleia Nacional de Cuba confirmou nesta quinta-feira (19) Miguel Díaz-Canel como sucessor de Raúl Castro no comando da ilha. Ele recebeu 603 dos 604 votos possíveis na sessão que começou às 9h locais (10h de Brasília) e é oficialmente o novo presidente do país.

Díaz-Canel foi indicado na quarta (18) para ocupar o cargo de presidente do Conselho de Estado, cargo que representa o chefe de Estado e de governo de Cuba. Ele será a primeira pessoa de fora da família Castro a comandar o país em quase 60 anos. Antes disso, era o primeiro vice-presidente do órgão.

Com isso, ele se tornou oficialmente o líder da ditadura cubana, embora na prática Raúl deva manter o poder, já que continuará no comando do Partido Comunista Cubano (até 2021) e das Forças Armadas —postos que de fato ditam a política na ilha.

A expectativa, portanto, é que Díaz-Canel siga sob o comando do general. Raúl disse à Assembleia que  "na hora certa" o novo presidente poderá substituí-lo também no comando do partido, mas não especificou quando isso deve acontecer.

Após ser confirmado, o novo presidente fez um discurso no qual disse que Raúl segue como líder da revolução e que pretende manter a continuidade do governo.

“Afirmo a esta assembleia que o companheiro general do Exército Raúl Castro Ruz, como primeiro secretario do Partido Comunista de Cuba, encabeçará as decisões de maior transcendência para o presente e o futuro da nação", disse ele,  "O mandato dado pelo povo a esta legislatura é dar continuidade à revolução cubana em um momento histórico crucial, que será marcado por tudo que devemos avançar na atualização do modelo econômico", afirmou Díaz-Canel em sua fala na Assembleia.

Díaz-Canel indicou ainda que pretende manter as diretrizes estabelecidas por Raúl também na relação com os outros países. "A política exterior cubana se manterá inalterável".

"Cuba não faz concessões contra sua soberania e independência, não negociará princípios nem aceitará condicionamentos. Jamais cederemos ante pressões ou ameaças. As mudanças que sejam necessárias serão decididas soberanamente pelo povo cubano", afirmou ele.

Raúl Castro também falou à Assembleia, depois de Díaz-Canel. Segundo ele, será formada uma comissão na Assembleia para discutir a reforma da constituição da ilha, que será colocada em referendo, mas que isso não significa mudar o caráter socialista do regime.

A Assembleia também confirmou os outros nomes que farão parte do Conselho de Estado: o novo primeiro vice-presidente, Salvador Valdés; e os outros cinco vice-presidentes: Ramiro Valdés, Roberto Tomás Morales, Gladys María Bejerano, Inés María Chapman e Beatriz Jhonson. Todos, incluindo Diáz-Canel, terão mandato de cinco anos.

Em sua fala, Raúl afirmou que Diáz-Canel poderá ficar no máximo dois mandatos, de cinco anos cada, na Presidência.

PERFIL

Aos 57 anos, Díaz-Canel é parte de uma geração que nasceu depois da revolução. Na nova composição da Assembleia Nacional, 87,6% também não tinham nascido quando o poder foi tomado a partir de Sierra Maestra.

É engenheiro eletrônico de formação, mas, assim que se formou, aos 22 anos, ingressou nas Forças Armadas Revolucionárias. Serviu por três anos e voltou à universidade, onde, além de lecionar, ingressou na UJC (União de Jovens Comunistas) local. Pela UJC, foi para a Nicarágua, em 1987, durante a Revolução Sandinista. Nunca exerceu a engenharia.

Quando regressou, dois anos depois, já se tornaria o dirigente da União de Jovens Comunistas de Santa Clara. Do comitê jovem, seguiu sua trajetória para o Partido Comunista, que o levaria a Havana em 2009, já como ministro da Educação Superior.

Ao seu perfil discreto se credita, em grande parte, sua ascensão dentro do regime.

Presente de Grego? Estados Unidos doam Tanques de Guerra ao Brasil

Uma doação recente dos Estados Unidos da América acaba de chegar ao Brasil, via Porto de Paranaguá: quatro viaturas blindadas M109 A5 perfeitamente utilizáveis, estão prestes a ser incorporados ao Exército Brasileiro. São as primeiras de um total de 60, que deverão chegar até o final do ano (**). Isso ocorre quando muito se fala de intervenção estrangeira norte-americana na Venezuela, a maior reserva certificada de petróleo no mundo.

Ver: http://operamundi.uol.com.br/dialogosdosul/presente-de-grego-estados-unidos-doam-tanques-de-guerra-ao-brasil-2/19042018/

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Senador da Rede apresenta pedido de impeachment de Michel Temer

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/04/senador-da-rede-apresenta-pedido-de-impeachment-de-michel-temer.shtml

Documento usa como base matéria da Folha sobre pagamento de obra na casa de filha do presidente

18.abr.2018 às 18h26

Bernardo Caram
BRASÍLIA
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta quarta-feira (18) um pedido de impeachment do presidente Michel Temer. O documento se baseia em reportagem da Folha sobre o pagamento de uma reforma na casa de Maristela Temer, filha do presidente.

De acordo com a reportagem, a obra na casa de Maristela foi paga em dinheiro vivo pela esposa do coronel João Baptista Lima Filho, amigo do emedebista. A Polícia Federal investiga a reforma no imóvel sob a suspeita de que tenha sido bancada com propinas da JBS.

O senador da Rede fez o pedido de impeachment argumentando que Temer cometeu crime de responsabilidade e de violação à probidade e ao decoro.

No pedido, Randolfe argumenta que o pagamento das obras em dinheiro vivo “não registrado em transação bancária, o que não nada é usual” ocorreu durante período em que o delator Ricardo Saud, da JBS, afirma ter repassado R$ 1 milhão ao coronel Lima, a mando de Temer.

O senador afirma ainda que, embora os atos sejam anteriores ao mandato presidencial, o que o protegeria pela imunidade constitucional, Temer respondeu a questionário da Polícia Federal, em janeiro desse ano, que jamais recebeu valores de caixa dois ou realizou transações financeiras com o Coronel.

“Confirmadas as denúncias quanto à reforma milionária na casa de sua filha, o presidente terá mentido, no exercício do mandato, à autoridade policial, não estando a salvo de responder, portanto, por este ato”, diz o documento.

Cabe ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), analisar a solicitação e decidir se dará andamento ao processo.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Julian Assange x Mark Zuckenberg


Brasileiro não é nacionalidade, é profissão

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2018/04/brasileiro-nao-e-nacionalidade-e-profissao.shtml

Fôssemos brasilianos ou brasileses, talvez restassem mais Amazônia e, quem sabe, respeito às urnas

16.abr.2018 às 2h00

Peço licença para um pouco de sociolinguística de botequim. Não que antes eu fizesse, por aqui, sociolinguística séria. Mas fazia outras coisas de botequim: poesia de botequim, política de botequim, economia de botequim. A crônica, afinal, não passa da botequinização dos assuntos.

Não sei se algum acadêmico sério já se debruçou sobre esse fenômeno. Quem primeiro me fez ver foi o palhaço Marcio Libar que, como todo palhaço, é um clarividente de botequim.

“Nacionalidade, no português”, dissertou o palhaço, “é -ano (italiano, americano, mexicano) ou -ês, (inglês, francês, polonês). Mais raramente, termina em -ino (argentino, marroquino) ou -ense (costarriquense, israelense).”

Sim, Palhaço Pasquale, mas onde o senhor quer chegar com essa gramática de botequim?
“Não tem nenhum outro povo que termine em -eiro que não o brasileiro. Pode procurar.”

Procurei. Não achei. “Quem termina em -eiro é banqueiro, pedreiro, marceneiro, bicheiro. Brasileiro não é nacionalidade, é profissão.”

Maldito palhaço. Nunca mais me esqueci disso. Toda vez que vejo algum brasileiro ferrando o Brasil lembro que brasileiro é atividade, não é identidade. E não qualquer atividade: brasileiro é quem vive da extração e da venda, pro exterior, do pau-brasil.

Ou seja: brasileiro, etimologicamente, é quem vive de vender o Brasil. Quando terminam as riquezas, o brasileiro se aposenta e volta pra “civilização”, como gosta de chamar os lugares que mais se beneficiaram do nosso subdesenvolvimento.

Por isso também tantos de nós se definem como brasileiros, mas —apressam-se em acrescentar— descendentes de italianos, portugueses ou alemães. Estamos brasileiros, mas, no fundo, o que somos de verdade é outra coisa. O brasileiro tá de passagem.

Fôssemos brasilianos, talvez restasse mais Amazônia. Fôssemos brasileses, quem sabe respeitássemos as urnas. Fôssemos brasilinos, talvez não tivéssemos exterminado, e continuássemos exterminando, tantas nações indígenas.

Taí uma ideia: homenagear um povo original. Nisso podíamos imitar os “civilizados”. Afinal, franceses vêm dos francos, ingleses vêm dos anglos, e por essa lógica seríamos tupinambás, tamoios ou tabajaras.

Imagina que bonito um estádio inteiro cantando junto: “Eu sou tabajara/ Com muito orgulho/ Com muito amor”.

Curiosamente, tabajara virou sinônimo de reles, vagabundo. Vai entender.

Gregorio Duvivier
É ator e escritor. Também é um dos criadores do portal de humor Porta dos Fundos.

domingo, 15 de abril de 2018

A prova horoscópica de Rodrigo Janot

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2018/04/a-prova-horoscopica-de-rodrigo-janot.shtml
Por Elio Gaspari

Ex-procurador-geral vê referência a atentado em email usado por Dilma e Mônica Moura

15.abr.2018 às 2h00

Uma amostra do grau da insanidade que foi injetada nas denúncias do ex-procurador-geral Rodrigo Janot:

Em 2015 a presidente Dilma Rousseff e a marqueteira Mônica Moura passaram a se comunicar por meio de um dissimulado sistema de mensagens eletrônicas dentro do endereço 2606iolanda@gmail.com.

Segundo Janot, “2606” é uma referência “à data de 26 de junho de 1968, em que o grupo Vanguarda Popular Revolucionária, integrado por Dilma Rousseff, praticou um atentado com carro-bomba em um quartel em São Paulo, durante a ditadura militar”.

Em junho de 1968, Dilma Rousseff não era militante da VPR. Ela estava no Comando de Libertação Nacional, o Colina. A prova horoscópica de Janot relacionou o “2606” ao atentado em que um grupo de terroristas matou o soldado Mário Kozel Filho em São Paulo. Tudo bem, mas naquele mesmo dia realizou-se no Rio a “Passeata dos Cem Mil”. Janot também poderia dizer que era uma homenagem a Gilberto Gil, pois é a data de seu nascimento.

Depois do realismo mágico, Janot expôs a prova mágica.

A prova horoscópica de Rodrigo Janot

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2018/04/a-prova-horoscopica-de-rodrigo-janot.shtml

Ex-procurador-geral vê referência a atentado em email usado por Dilma e Mônica Moura

15.abr.2018 às 2h00

Uma amostra do grau da insanidade que foi injetada nas denúncias do ex-procurador-geral Rodrigo Janot:

Em 2015 a presidente Dilma Rousseff e a marqueteira Mônica Moura passaram a se comunicar por meio de um dissimulado sistema de mensagens eletrônicas dentro do endereço 2606iolanda@gmail.com.

Segundo Janot, “2606” é uma referência “à data de 26 de junho de 1968, em que o grupo Vanguarda Popular Revolucionária, integrado por Dilma Rousseff, praticou um atentado com carro-bomba em um quartel em São Paulo, durante a ditadura militar”.

Em junho de 1968, Dilma Rousseff não era militante da VPR. Ela estava no Comando de Libertação Nacional, o Colina. A prova horoscópica de Janot relacionou o “2606” ao atentado em que um grupo de terroristas matou o soldado Mário Kozel Filho em São Paulo. Tudo bem, mas naquele mesmo dia realizou-se no Rio a “Passeata dos Cem Mil”. Janot também poderia dizer que era uma homenagem a Gilberto Gil, pois é a data de seu nascimento.

Depois do realismo mágico, Janot expôs a prova mágica.

Elio Gaspari
Nascido na Itália, recebeu o prêmio de melhor ensaio da ABL em 2003 por '