Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/01/1950520-siria-promete-acabar-com-presenca-dos-eua-no-pais-diz-tv-estatal.shtml
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
15/01/2018 08h25
O Exército sírio está determinado a acabar com qualquer
forma de presença dos EUA no país, disse nesta segunda-feira (15) a TV estatal,
citando um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do regime de
Bashar al-Assad.
A coalizão liderada pelos americanos trabalha com milícias
sírias anti-Assad para montar uma nova força de 30 mil homens e anunciou nesta
segunda o recrutamento de 230 cadetes.
O contingente deve se estabelecer em áreas recentemente
retomadas da facção terrorista Estado Islâmico, especialmente no norte do país,
na fronteira com a Turquia, e no leste, na fronteira iraquiana.
O movimento foi classificado pelo ministério sírio como um
"flagrante assalto" à soberania da Síria. A medida também desagradou
a Turquia, contrária ao apoio dos EUA a milícias curdas do norte da Síria
combatidas pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Também nesta segunda-feira, o ministro russo das Relações
Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que os EUA "estão ajudando"
aqueles que desejam uma "mudança de regime" na Síria.
Em novembro, militares russos disseram que Washington
combatia o Estado Islâmico como se estivesse no Iraque e atrapalhava a ofensiva
apoiada por Moscou na Síria.
O presidente russo, Vladimir Putin, é o principal aliado de
Assad. Em seu último discurso de Ano-Novo, disse que a Rússia "continuará
prestando toda a assistência à Síria na proteção da soberania, unidade e
integridade territorial do Estado".
Putin ordenou, em dezembro, o início da retirada das tropas
russas da Síria, mas manteve a base aérea em Latakia, além de sua instalação
naval no porto de Tartus, importante acesso ao Mediterrâneo.
Um estudo publicado na mesma época pelo Centro de Pesquisas
Pew mostrou que o Oriente Médio acredita que os EUA ganharam influência na
região.
Ao mesmo tempo, as intervenções de Rússia e EUA em países do
Oriente Médio são mal-vistas pelas populações —apenas 27% e 35% enxergam os EUA
e a Rússia, respectivamente, de maneira positiva. Foram ouvidos os habitantes
de Israel, Jordânia, Líbano, Tunísia e Turquia.
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